3 de abr. de 2010

Artista X Designer



Vivemos na era da Contemporaneidade, onde o modo de ver moderno se divide em consumo e comunicação. Nessa esfera tanto o artista como o designer se articula em conceitos. O design trabalha na esfera do desejo e da idealização, permitindo aspirações. Por se encontrar em uma área híbrida, ou seja, onde muitas coisas de misturam, geralmente conceitos sobre si próprio e sua própria condição não são claros. Assim como a sua própria origem.
Aliás, profissionais e estudantes atualmente carecem de conhecimento de suas próprias origens. O que os tornam preconceituosos e com necessidade de identificação e delimitação de seu próprio campo. É necessário entender que ambos os campos (design e arte) sempre andaram juntos. O artista cria, assim como o designer, o arquiteto, o publicitário, etc., o importante é compreender a esfera de atuação de ambas às partes e os seus propósitos. O propósito do artista é instigar, fazer as pessoas repensarem seus conceitos através de sua obra, é despreocupado quanto à funcionalidade e utilidade, alimenta experiências.
Já o designer tem o seu propósito de criar bens de consumo industrias para as pessoas. Equacionado fatores projetuais como antropológicos, econômicos, ecológicos, ergonômicos, geométricos, psicológicos, mercadológicos, tecnológicos e filosóficos, através de um objeto físico, impresso ou virtual. Por ser híbrido, o design permite possibilidades e o conceito de produto seriado nem sempre se aplica, permitindo produtos que venham para instigar, fazer as pessoas repensaram seu próprio uso e contexto, despreocupado de funcionalidade de utilidade, alimentando experiências, e nesse momento que o design se cruza com a arte. É na esfera do simbólico. Pois segundo Löbach (1976) os produtos dividem suas funções em prática, estética e simbólica.
Ambos os profissionais são dotados de uma vasta experiência no campo visual, e de grande poder de tornar suas obras ou seus objetos instrumentos de discussão, observação, questionamento, apego, etc. Somente através destes questionamentos é que poderemos enriquecer nossa cultura material e nossa forma de ver. Aliás, a chave para toda essa discussão é o olhar.

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